Esperança da Costa defende que raparigas, mulheres e jovens angolanas e africanas desempenhem funções transformativas
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, considerou esta quinta-feira [10.10.2024], em Luanda, que as empresas do sector petrolífero, mineiro e gás se devem esforçar para promover uma maior participação das mulheres.
Esperança da Costa, que discursava na abertura da Conferência dedicada às Mulheres do sector de Mineração, Petróleo e Gás em Angola, “Women in Mining, Oil & Gas”, a decorrer no Hotel Intercontinental, referiu que as estimativas da Agência Reguladora de Angola apontam para o facto de as mulheres representarem apenas cerca de 14% da força de trabalho do sector do petróleo e somente 4% a ocuparem cargos de liderança.
A Vice-Presidente sublinhou que a realidade demonstra que países que investem mais na igualdade de género e na capacitação dos jovens e das mulheres apresentam um melhor desempenho no desenvolvimento humano, tendo defendido que, para garantir o crescimento inclusivo de Angola e de África, é necessário que mais de metade da sua população, as raparigas, as mulheres e jovens desempenhem funções transformativas.
África, prosseguiu, é detentora de consideráveis recursos de petróleo e gás, mas no que diz respeito à participação da Mulher os desafios são enormes, pois os conflitos armados, a instabilidade política e social afectam profundamente as mulheres, as crianças e o universo das famílias.
“Dados sobre o Desenvolvimento humano, Igualdade de Género e a Capacitação das Mulheres em África revelam que apesar de 61% das mulheres africanas encontrarem-se a trabalhar, enfrentam ainda a exclusão económica, trabalhos subvalorizados, baixos salários, além de se concentrarem principalmente no sector informal”, lembrou a Vice-Presidente da República.
O evento é uma iniciativa da Recall Comunication & Event ltd e a revista britânica Diamond Review Africa, que reúne líderes da indústria, especialistas, entidades, governamentais, profissionais, estudantes e mais de dez Associações de Mulheres na indústria das referidas áreas de actuação, de mais de 15 países, para um debate sobre a igualdade de género, empoderamento feminino e acesso às oportunidades de liderança.